Porto Alegre é sempre parada obrigatória quando o Matanza está em turnê. E não seria agora, com a gira que divulga o álbum Pior Cenário Possível ? oitavo disco de estúdio da banda ?, que os cariocas deixariam a cidade fora do roteiro. O show oficial de lançamento do trabalho recém-saído do forno na capital gaúcha será dia 12 de julho, às 21h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). Além das composições inéditas, o quarteto também fará um passeio pelos clássicos de sua endiabrada discografia. A tarefa de animar o público antes da atração principal será dada aos locais da Motor City Madness, que também estão com trampo novo na praça: Dead City Riot (segundo petardo da carreira).
Matanza
Sempre em atividade, o Matanza lança, com um intervalo de apenas dois anos, seu novo álbum, Pior Cenário Possível (Deck). O título, bem ao estilo do grupo carioca, já dá a entender que as músicas seguirão o tom sarcástico e o habitual mau humor apresentado nos trabalhos anteriores. Mas, claro, com algumas novidades vindas diretamente do seu ?departamento de pesquisa?.
Produzido por Rafael Ramos, o álbum foi gravado com todos os instrumentos tocados simultaneamente no estúdio Tambor (RJ). O repertório é composto por dez faixas inéditas, todas de autoria do membro fundador e guitarrista Marco Donida. Pela primeira vez nos mais de 10 anos de carreira, o disco foi registrado com duas guitarras, integrando Maurício Nogueira, que já participava dos shows como membro da banda. O trabalho marca, ainda, a despedida do baixista China, que deixou o grupo após o registro. Agora, além de Jimmy London (voz) e Jonas Cáffaro (bateria), o Matanza conta com Dony Escobar, no baixo.
Da forma mais crua e natural possível, as músicas não trazem nenhum efeito de edição. Assim, sente-se com força o rock rápido, impactante e preciso que fez do Matanza uma das maiores bandas do rock nacional. Ainda, percebe-se um aprimoramento sonoro, com músicas mais trabalhadas e melodias mais complexas e bem arranjadas. O que mostra uma evolução natural ? também, por terem sido pensadas para duas guitarras.
Alguma mudança é sentida na temática das letras. Dessa vez, elas fogem ainda mais da realidade, com fortes teores de terror ou suspense. Grandes exemplos disso são o mistério tenebroso e mortal do ?Matadouro 18? e a história de um lar amaldiçoado em ?A Casa em Frente ao Cemitério?. Personagens assassinos aparecem no desabafo sem culpa de ?O Que Está Feito Está Feito? e na surreal ?Conversa de Assassino Serial?. O grupo também conta histórias, como em ?Chance pro Azar?, na faixa título que descreve uma situação sem saída, e o fantástico caso de alguém que vive escapando da morte em ?Sob a Mira?. O Matanza, novamente, analisa de forma cínica e descrente a humanidade e seus subprodutos, o que fica bem evidente em ?Orgulho e Cinismo? e ?O Pessimista?.
A capa, como de costume, traz uma ilustração incrível de Donida. A arte mostra um personagem que intimida a quem aposta em dias melhores. Não sugere um futuro muito promissor, pois o cenário que se vê é o pior possível.
O Matanza continua não se levando a sério, mas dessa vez conta suas piadas em volta de uma fogueira crepitante, criando um cenário muito mais assustador, sempre com um monstro não identificado. Algo percebido logo na faixa de abertura, ?A Sua Assinatura?, e que permeia o trabalho todo. Dessa forma, eles deixam a sensação de uma perseguição subliminar, que não tem nome nem forma definida, mas que a todos atormenta. E ninguém está salvo.
Motor City Madness
A parada é sinistra. Desoladora, até. As ruas ardem em chamas, como se o fogo do inferno tivesse emergido da superfície, cegando os incrédulos e causando temor entre os desavisados. Vermes, mortos-vivos, andarilhos, vagabundos errantes, descapacitados e toda a sorte de criaturas nefastas agora caminha entre nós. O ar é pesado, pólvora e enxofre exalam do asfalto manchado de sangue. O progresso trouxe o caos, a desordem. A praga foi instalada sem aviso prévio. Não há mais retorno. A cidade que antes tinha um nome agora é conhecida apenas por Dead City Riot, um território de embates onde fervilha ódio noite e dia, tirando o sono dos que ainda tem colhões para fechar os olhos e tentar dormir. É nesse pesadelo, em meio a explosões e gritos desesperadores que ecoam entre ruínas de concreto e ferro retorcido, que um bando ? ou melhor, uma banda ? resolveu fazer barulho. Cansados da vidinha mais ou menos do mundo mortal, a Motor City Madness entrou de cabeça nesse clima ?no future? para compor o segundo registro da carreira. E, enquanto observam a luta de alguns para manter o coração batendo, o quarteto perambula pelas incertezas de uma terra devastada, narrando suas desventuras em 11 temas. Todos embalados em rouquidão, riffs pegajosos, graves precisos e batidas frenéticas. A trilha sonora para preencher o vazio da alma e esvaziar a garrafa enquanto o mundo lá fora desaba.
*Os compradores do HotPass têm direito a entrar 30min antes dos portões abrirem para o público geral. Por isso, pedimos que as pessoas que adquirirem o benefício estejam às 18h30min na entrada principal da casa de shows (sem necessidade de fila) para entrarem às 19h.
**A compra do HotPass só dá acesso ao evento mediante compra do ingresso. Ou seja: o passaporte não vale como entrada.
*A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.
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