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O multipremiado Sum 41 encerrou sua última turnê em 2013, quando terminou um ciclo de shows que começou em 2011 para divulgar o disco Screaming Bloody Murder. Foi uma das giras mais extensas e de maior público para a banda, e marcou o período em que o grupo canadense recebeu indicação ao Grammy pela primeira vez. Como nem tudo é perfeito, nessa fase, o vocalista, guitarrista e produtor Deryck Whibley estava à beira da destruição.
?Não sei em qual momento exato me coloquei no limite. Foi mais como um acumulo de muitas coisas, então, me vi dentro de uma névoa de festas e bebida. Tentei me separar de toda e qualquer responsabilidade?, recorda Whibley. Depois de um ano de excessos, ele encontrou-se brigando pela própria vida em um hospital de Los Angeles.
Whibley ficou boa parte de abril e maio de 2014 em uma UTI, com a mãe e a noiva o ajudando. Quando finalmente saiu da internação, percebeu que a jornada estava no início. Foi então que o músico começou a escrever, enquanto era submetido a um intenso tratamento. ?Ficar sóbrio me fez perceber que as únicas coisas que eu realmente me preocupava era a música, fazer um disco e ficar cada vez melhor para que eu pudesse voltar ao palco novamente?, revela.
?Escrever canções para o Sum 41 me deu um propósito e eu comecei do zero com absolutamente nada para trabalhar. Gostava de colocar filmes sem som e começava a escrever riffs de guitarra e músicas para as imagens. Principalmente filmes de Tim Burton e Quentin Tarantino, como Edward Mãos de Tesoura, Sweeny Todd, Kill Bill e Bastardos Inglórios. O processo me levou em uma direção que eu nunca tinha ido antes?, relembra.
Em pouco tempo, Whibley reuniu os companheiros em sua casa em Los Angeles para trabalhar nas faixas daquele que seria o sexto álbum de estúdio do grupo, 13 Voices. O registro inclui um retorno surpresa do guitarrista Dave Brownsound, que se separou da banda uma década antes. A primeira composição que Dave tocou guitarra foi em ?Goddamn I?m Dead Again?, uma faixa que prova que os riffs vieram para definir que o Sum 41 está de volta.
Além do baixista Cone McCaslin e guitarrista Tom Thacker, o Sum 41 também dá as boas-vindas a Frank Zummo (Street Drum Corps, Krewella, Thenewno2, Dead By Sunrise) na bateria.
Whibley produziu e criou 13 Voices inteiramente sozinho em sua casa. As baterias foram concebidas na sala de estar, com amplificadores de guitarra nos quartos. O resultado final é um dos mais intensos, catárticos e melhores trabalho do Sum 41 em anos. O álbum foi escrito com otimismo e fala das necessidades de Whibley antes de ele ser capaz de levantar novamente.
Em 13 Voices, percebe-se o Sum 41 como uma unidade, colocando tudo o que tem para fora. ?Eu não posso dizer se este é o nosso melhor álbum ou não, porque eu não sei se é?, afirma Whibley. ?Tudo o que posso dizer é que fiz o melhor que poderia durante o período mais difícil da minha vida?
A previsão é que 13 Voices seja lançado em outubro deste ano.